A leitura do Mênon nos coloca frente a vários debates que poderiam emanar do citado livro. Como por exemplo, a reminiscência da alma, onde Platão coloca, através de Sócrates, que não há ensinamento nem aprendizagem, mas apenas reminiscência, recordação do mundo do Hades. Porém, pude compreender que Sócrates, através de tal diálogo, utiliza o conhecimento demonstrativo partindo da dedução.


No início do diálogo, Sócrates e Menos discutem o que á a virtude. Sócrates pergunta a Mênon se virtude pode ser ensinada ou se aprende naturalmente.

Podemos observar claramente, nesse diálogo, que Sócrates imprime um método muito característico em seus diálogos: o parto das idéias e a ironia. Não obstante, Sócrates condiciona o interlocutor, através de várias perguntas, a chegar a conclusão e afirmar que não sabe o que tinha como verdade.

Contudo, através das perguntas vai levando Menos a chegar, através de si mesmo, ao verdadeiro conhecimento. Um exemplo disso foi o dialogo com o escravo, onde ele, através dos questionamentos, faz o escravo resolver um teorema sem mesmo nunca ter aprendido geometria.

Com isso, vemos que Sócrates utiliza do conhecimento demonstrativo. O conhecimento demonstrativo precisa de uma mediação, é uma relação de ideias que não é evidente, é mediado. Para pensar o conhecimento demonstrativo, usa-se o modelo dedutivo.

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