Husserl e o Psicologismo

Creio pertinente discutirmos um pouco mais a questão da crítica husserliana ao psicologismo, apesar de que estamos frente a uma problemática muito complexa, pois a filosofia de Husserl exige muitaaas leituras e horas de dedicação para superarmos as dificuldades de compreenção.

A critica ao psicologismo rendeu a Husserl, ao meu ver, uma grande base teorica para a sustentação da fenomenologia. A psicologia, vista como ciência empirica do conhecimento é uma oposição à ciência normativa, como por exemplo a lógica. Essa diferênça entre ciência empírica e ciência normativa está no fato de que para Husserl não há como atingir a universalidade da verdade sem a lógica.
Pelo que pude entender das leituras que tenho feito de Husserl, é que as leis da lógica dão sustenteção para as demais ciências, ou seja, não há como fundamentar a lógica na psicologia como ciência empírica sem se ater às leis da lógica. Sem a lógica seria impossível atingir a universalidade da verdade, segundo me parece. Husserl acreditava que o psicologismo não consegue responder como o sujeito alcança com certeza e evidência o que lhe é exterior.
Já ao naturalismo, tendência-se a afirmar que tudo é natural, nega-se a dualidade entre subjetividade e objetividade e afirma que a única realidade é a natureza.

Antes de qualquer afirmação, nos perguntamos em que consite a epoché husserniana. Temos conosco que a intenção de Husserl com a redução do fenomeno é repensar o conceito filosófico. Husserl quer colocar a filosofia a um patamar onde caberia a própria ciência reconchecer a filosofia como ciência própria. Voltando no século 17, vemos em Kant a quase a mesma intenção que havia em Husserl, Kant pretendia resgatar a filosofia metafísica, o qual acreditava que fora deixada de lado pelos idealistas. O projeto de Kant, não adentrando mutio ao assunto, era de revigorar o valor da metafísica. Em Husserl encontramos um projeto quase que parecido com o projeto kantiano, porém Husserl pretente elevar a filosofia à condição de ciência.
Sabemos, pois, que Husserl era matemático, contudo, ele ousava elevar, ao meu ver, a filosofia como ciência exata. Foi assim com a epoché, ou seja, uma ciência onde não haveria a possibilidade de qualquer dúvida, como por exemplo a matemática que é uma ciência exata. No entanto, observamos em Descarte os mesmos traços que encontramos em Husserl, porém com alguns pontos que divergem um do outro.
Assim como Husserl, Descartes também era matemático e também procurava um metódo o qual colocaria a filosofia como um conhecimento pasivo de dúvidas. Segundo Husserl, para se chegar as coisas próprias deve-se fazer uma redução da naturalidade, tudo o que lhe é “acidental” , ou, contingênte ao objeto atingindo, porém, somente a essencia do fenômeno. Aqui Husserl difere de Descartes, pois Husserl não quetiona a existência da realidade, como a dúvida medótica, o que ele faz é colocar entre parenteses o que lhe é externo ao fenômeo. Ele coloca de lado, não duvida que a realidade existe, para ele ela existe sim e está aí, ai voltamos a questão da intensionalidade onde a conciência é consiencia de algo e se ela tende a essa algo ele existe. O que ele faz e colocar de lado os fatores externos ao fenomeno e postula uma posição eidética.
Com Descartes, o foco muda, pois ele duvida categoricamente da realidade externa, ao passo que Husserl não pretende a dúvida externa. Segundo Husserl, o conhecimento da essencia é evidente, pois a essencia não muda, ela é, e isso garantiria a firmação da filosofia como ciencia critica.
Voltamos a questão da redução fenomenologica. Husserl parte da afirmação de que há uma dupla redução: a empírica eidética e a redução transcendental. Com a redução empírica, o filoósofo de refere ao objeto concreto, é a redução eidetica se referindo ao mundo empirico valendo para todo objeto externo. Em contrapartida, Husserl coloca a redução ao sujeito que é a redução transcendental. A redução transcendental objetiva a separação de tudo o que lhe é externo à consciência, vejamos que é a separação, e não a negação de existencia.
A epoché transcendental objetiva mais ainda uma superação psicológica para uma consciência transcendental, ou seja transformar a subjetividade psicológica numa subjetividade transcendental. Porém seria possível somente com a separação de tudo que lhe é subjetivo e provém da experiência se apreendendo somente da essência. Pretente com isso uma consciência limpa e segura de qualquer pré-conceito . Portanto, para Husserls a subjetividade transcendental não produz o objeto, mas apenas da sentido a este, o interpreta.
Não obstante, a subjetividade transcendeltal, percepe o objeto, da sentido a este, porém a intencionalidade é que estabelece o relação entre o objeto e a conciencia.

As controvérsias acerca da vida material, ou mundo externo, em opocisão ao mundo interior da vida psíquica contribuíram para que Husserl desse início ao método fenomenológico. Para Kant, com seu fenomenismo, é impossível atingir as próprias coisas, só há fenômeno, ainda segundo a visão kantiana, o mundo existe, porém não podemos conhecê-lo tal como é, são apenas representações numéricas e fenomênicas.
Husserl vai além de Kant com a fenomenologia ao provar que tal método, o qual defendia seja o método de estudo radical e sistemático daquilo que se manifesta à consciência tal como se manifesta à experiência.
Mas diante questão matéria-idealismo a fenomenologia se debruça na seguinte questão: existiram apenas fenômenos ou também coisa em si? Um mundo material, um mundo de espíritos? Husserl coloca entre “parênteses” essas controvertidas questões ocupando-se apenas do fenômeno.
O método investigativo da fenomenologia husserliana não são apenas descrições dos dados imediatos, consiste numa reflexão sobre o sujeito pensante.
Husserl não duvida da existência do mundo, do objeto, ele esta aí, é um ser dado. Descartes foi dogmático ao duvidar do mundo exterior. Com Husserl a dúvida não responde, ele foge do dogmatismo colocando entre parênteses, é a redução fenomenológica, ou a epoché, mas somente a consciência, a subjetividade não pode ser colocada entre parênteses.
A consciência é a realidade absoluta, é o fundamento de toda a realidade, pois é a consciência que dá significado ao mundo.
Segundo a fenomenologia, o eu enquanto consciência pura tem a manifestação intencional, ou seja, trabalha com a intencionalidade para um objeto, é na consciência que sujeito e objeto se encontram.
O psicologismo defendia que os problemas da ciência da validade do conhecimento humano poderiam ser solucionados por meios do estudo científico-psicológico. A lógica era vista pelos pscilogistas apenas como uma ciência normativa dos atos psíquicos e não fonte da verdade.
Husserl funda então o método fenomenológico que combates as idéias do pscilogismo científico que estava entrelada ao positivismo. Para a fenomenologia, não importa se o mundo existe, o que está em questão é como o conhecimento do mundo se dá à minha consciência.
O filósofo procurou colocar a filosofia como uma ciência rigorosa e não uma verdade provisória como é a ciência, com isso ele funda o método fenomenológico que estuda as coisas assim como se apresentam à consciência, fora de uma abordagem teorética, ou seja, estuda a essência das coisas, fora dos acidentes próprios do mundo empírico.
Husserl lança uma crítica ao psicologismo partindo do principio de contradição. Segundo ele, o princípio de contradição de refere a verdade daquilo que é pensado.

As controvérsias acerca da vida material, ou mundo externo, em opocisão ao mundo interior da vida psíquica contribuíram para que Husserl desse início ao método fenomenológico. Para Kant, com seu fenomenismo, é impossível atingir as próprias coisas, só há fenômeno, ainda segundo a visão kantiana, o mundo existe, porém não podemos conhecê-lo tal como é, são apenas representações numéricas e fenomênicas.
Husserl vai além de Kant com a fenomenologia ao provar que tal método, o qual defendia seja o método de estudo radical e sistemático daquilo que se manifesta à consciência tal como se manifesta à experiência.
Mas diante questão matéria-idealismo a fenomenologia se debruça na seguinte questão: existiram apenas fenômenos ou também coisa em si? Um mundo material, um mundo de espíritos? Husserl coloca entre “parênteses” essas controvertidas questões ocupando-se apenas do fenômeno.
O método investigativo da fenomenologia husserliana não são apenas descrições dos dados imediatos, consiste numa reflexão sobre o sujeito pensante.
Husserl não duvida da existência do mundo, do objeto, ele esta aí, é um ser dado. Descartes foi dogmático ao duvidar do mundo exterior. Com Husserl a dúvida não responde, ele foge do dogmatismo colocando entre parênteses, é a redução fenomenológica, ou a epoché, mas somente a consciência, a subjetividade não pode ser colocada entre parênteses.
A consciência é a realidade absoluta, é o fundamento de toda a realidade, pois é a consciência que dá significado ao mundo.
Segundo a fenomenologia, o eu enquanto consciência pura tem a manifestação intencional, ou seja, trabalha com a intencionalidade para um objeto, é na consciência que sujeito e objeto se encontram.
O psicologismo defendia que os problemas da ciência da validade do conhecimento humano poderiam ser solucionados por meios do estudo científico-psicológico. A lógica era vista pelos pscilogistas apenas como uma ciência normativa dos atos psíquicos e não fonte da verdade.
Husserl funda então o método fenomenológico que combates as idéias do pscilogismo científico que estava entrelada ao positivismo. Para a fenomenologia, não importa se o mundo existe, o que está em questão é como o conhecimento do mundo se dá à minha consciência.
O filósofo procurou colocar a filosofia como uma ciência rigorosa e não uma verdade provisória como é a ciência, com isso ele funda o método fenomenológico que estuda as coisas assim como se apresentam à consciência, fora de uma abordagem teorética, ou seja, estuda a essência das coisas, fora dos acidentes próprios do mundo empírico.
Husserl lança uma crítica ao psicologismo partindo do principio de contradição. Segundo ele, o princípio de contradição de refere a verdade daquilo que é pensado.

O conhecimento demonstrativo observado diálogo Mênon, nos remete uma série de questões. Mas podemos nos colocar frente a uma: a possibilidade de justificar algum fenômeno observado no dia-a-dia correspondente à verdade.
Sabemos que o conhecimento científico estabelece alguns métodos que postulam a justificativa da crença no conhecimento geral. Contudo, partindo da sentença de que o Sol, por exemplo, nascerá amanhã, é uma crença supostamente verdadeira, porém precisa ser justificada para que seja científicamente verdadeira.
Com efeito, podemos partir da dedução para justificar tal teoria. Por exemplo, através de um número “x” de observação, podemos obter uma justificação para defender essa teoria, ou seja, através da observação partimos da dedução, através de muitas observações empíricas, passando pela indução e novamente chegaria à dedução. Pela observação dedutiva podemos ter possibilidade de justificar esse fenômeno natural que observamos no dia-a-dia como crença verdadeira correspondente a realidade.

A leitura do Mênon nos coloca frente a vários debates que poderiam emanar do citado livro. Como por exemplo, a reminiscência da alma, onde Platão coloca, através de Sócrates, que não há ensinamento nem aprendizagem, mas apenas reminiscência, recordação do mundo do Hades. Porém, pude compreender que Sócrates, através de tal diálogo, utiliza o conhecimento demonstrativo partindo da dedução.


No início do diálogo, Sócrates e Menos discutem o que á a virtude. Sócrates pergunta a Mênon se virtude pode ser ensinada ou se aprende naturalmente.

Podemos observar claramente, nesse diálogo, que Sócrates imprime um método muito característico em seus diálogos: o parto das idéias e a ironia. Não obstante, Sócrates condiciona o interlocutor, através de várias perguntas, a chegar a conclusão e afirmar que não sabe o que tinha como verdade.

Contudo, através das perguntas vai levando Menos a chegar, através de si mesmo, ao verdadeiro conhecimento. Um exemplo disso foi o dialogo com o escravo, onde ele, através dos questionamentos, faz o escravo resolver um teorema sem mesmo nunca ter aprendido geometria.

Com isso, vemos que Sócrates utiliza do conhecimento demonstrativo. O conhecimento demonstrativo precisa de uma mediação, é uma relação de ideias que não é evidente, é mediado. Para pensar o conhecimento demonstrativo, usa-se o modelo dedutivo.

A definição de conhecimento como crença verdadeira justificada exclui outras formas de conhecimento que não sejam a ciência

Definitivamente, o conhecimento científico é um conhecimento empírico aposteriori, e não a priori. Penso que há uma grande possibilidade de partir para a busca do conhecimento que não venha a ser necessariamente em bases científicas. O conhecimento como causa de uma crença verdadeira justificada, poderia, ou pode, se fundamentar em bases científicas, mas o que falar, por exemplo, de dogmas ditos por conhecimentos incontestáveis? No caso da filosofia da ciência em contraposição com a filosofia da religião podemos sustentar uma grande oposição de ideais, onde o conhecimento científico não adere ás crenças religiosas para a explicação de fatos contestados pela própria ciência, por isso penso que há outras formas de conhecimento que não sejam necessariamente em bases científicas. Claro que as teses científicas procuram expor uma clareza necessária. Observamos a filosofia cartesiana, onde se procura o método exato onde não há a possibilidade de qualquer erro, procurando-se o conhecimento exato e verdadeiro, como é também o caso da lógica matemática.
O conhecimento científico, penso eu, não pode ser tomado como o conhecimento supremo, pois a ciência não é permanente, ela muda, pode vir outra teoria e derrubar uma que está em evidência. Portanto, a definição de conhecimento como crença verdadeira justificada Não exclui outras formas de conhecimento que não seja a própria ciência.

A teoria do conhecimento investiga as maneiras e as relações estabelecidas entre o conhecimento humano. No processo do conhecimento temos a relação entre sujeito e objeto, e pelo que podemos observar com as várias leituras de muitos filósofos que se debruçaram, ao longo da história, sobre a questão da relação sujeito objeto, dentre tal relação o conhecimento independe do sujeito, pois todo conhecimento visa o objeto.
Creio como expõe muito bem Hesserl em seu livro Teoria do Conhecimento Investigações fenomenológicas complementar, que essa relação se torna complementar, pois a relação do conhecer é a própria relação entre sujeito e objeto.
Porém o problema do conhecimento humano vai muito mais além,. Podemos nos perguntar se é possível realmente conhecer o objeto apresentado em sua real existência, ou, qual a possibilidade e os limites do conhecer? Kant, com seu fenomenismo crítico, ao tentar elevar a metafísica à condição de ciência procurou resolver essa questão, na Crítica da Razão Pura, com a filosofia transcendental.
Diante dos mais variadas maneiras e teorias do conhecimento, o fato é que todos levam ao conhecimento de algo, independente da maneira ou modo. Contudo, podemos dizer que todas as formas acabam se complementado, pois não há conhecimento sem a relação sujeito/objeto. A grande questão é como se configura o conhecimento humano. Podemos citar aqui, em relação ao que percebi em relação à leitura do livro e também à leituras e pesquisas complementares, é que muitas teorias procuram responder a tal questão: o racionalismo, o empirismo, o criticismo, o ceticismo, o dogmatismo, o intelectualismo, e assim por diante, porém todas elas, por mais antagônicas que sejam, acabam complementando-se, pois como já exposto não há conhecimento sem pensar a relação sujeito/objeto

A revolução científica a partir de Copérnico, mexe com as bases da igreja.

Assim como Copérinico acreditava que o modelo matemático seria a chave para compreensão do universo. Descartes acreditava nessa afirmação, via na matemática e na geometria o modelo capaz de nos levar a verdadeira compreensão do universo. Contudo, o pensamento aristotélico-ptolomáico na época era muito forte e como sabemos ouve algumas reações contra a refutação o modelo aritotélico-ptolomáico. O que percebemos é que com a chegada do racionalismo através de Descartes, não adiantava mais procurar respostas nos livros de Aristóteles, interpretar o universo somente através dos livros aristotélicos, a grande questão era a demonstração, a prática e não mais a teoria, e como sabemos, Galileu também busca a demosntração nos moldes da matemática, não que refutassem toda a filosofia de Aristóteles, mas havia uma maior necessidade de saber demonstrativamente como se dá a organização do universo. A ciência racionalista a partir de Descartes e Galileu, não é mais um saber a serviço da fé, mas procurar alicerçar-se em razões diferentes da fé.
Descartes ao propor um novo método, procura salientar a não aceitação do que é pasivo de dúvidas, procurava um método onde o erro não se configura. Com efeito, a dúvida medótica procura essa superação fundamentando na matemática como método eficaz e exato.

A racionalidade científica

Olá mentes pensantes!

Vamos refletir um pouco sobre a questão da racionalidade científica na era moderna, atrentando, pois, na reflexão cartesiana de ciência.

Percebo que a modernidade científica e filosófica a partir do século XVI fundamenta sua busca pela verdade eficiente nos moldes matemáticos. Podemos observar nesse periodo os questianamentos e a "rebeldia" de alguns pensadores em realção à igreja que procurava explicações nos moldes da fé. O racionalismo científico da idade moderna rejeita a lógica aristotélica como condição suprema de fundamentação teórica da busca por uma verdade absoluta, não cabe mais as leituras aristotelicas do universo, mas sim a teoria matemática como metódo capaz de atingir verdades até então inquestionaves.

O mais interessante, é que com a nova maneira de pensar a igreja como detentora do poder na época, sente uma forte reação com a perda da autonomia religiosa. Sinal disso foram o surgimento dos jesuítas um pouco antes da revolução científica, como uma reação à nova "revolução", ou , ao racionalismo.

A questão da intencionalidade e a análise da afirmação "vamos as próprias coisas" em Husserl.

Antes adrentarmos diretamente na questão proposta, penso ser pertinente, com relação ao tema, uma abordagem do pensamento de Kant referente ao fenômeno.
Sabemos que Kant seguia uma linha fenomenista, ou, fenomênica que se diferencia da fenomenologia de Husserl, sendo duas abordagens, digamos, com objetivos parecidos, porém linhas diferenciadas.
Kant dizia que nós não conseguimos atingir o verdadeiro conhecimento da coisa em si, a essência do objeto, se conhece somente o fenômeno, ou seja, a aparecia.
Ao distinguir a questão do fenômeno, podemos observar em Kant uma dualidade permanente. Kant vê o objeto à esfera fenomênica no sentido de aparência, ou seja, existe o fenômeno que só é cognisivel pela aparência e a coisa em si (números).
Segundo a visão kantiana, não há como conhecer a coisa em si, não existe a possibilidade de chegarmos à essência do fenômeno. Kant parte de uma esfera fenomenista ficando apenas com a aparência do fenômeno, enquanto Husserl parte da fenomenologia, atingindo a essência.
Husserl propõe uma nova maneira de abortar o estudo do fenômeno em relação à consciência, é preciso voltar-se para o objeto, ao mundo real. Desse modo parte da intencionalidade, conceito derivado de Brentano e se inspirado na escolástica. Com a intencionalidade a consciência é tomada do ponto de partida intencional, diretamente para o fenômeno, vista como uma medita definidora da consciência na medida em que está voltada diretamente para o objeto, é a velha questão colocada por Husserl: "toda consciência é consciência de algo".
Essa questão parte da inter-relação entre a consciência e o real, é a relação entre a consciência é o mundo já construído visto que esse mundo, ou, o objeto só adquire sentido enquanto objeto da consciência.
O caráter intencionalidade é central na fenomenologia, pois trata da consciência centrada no objeto, no voltar-se para as próprias coisas. Com efeito, Husserl vai alem da visão kantiana que olha o fenômeno como simples aparência, e objetiva a verdadeira essência do objeto.

A fenomenologia objetiva o estudo do objeto como ele se manifesta na sua rigorosa realidade, livre de qualquer mistura.
Husserl poderia ter se aventurado pelos sistemas filosoficos de Aristóteles, Spinoza, Descartes, Liebnez ou Hegel, porém uma das razões para que Husserl usase o método da fenomenologia era o desejo de isolar a doutrina do conhecimento do psicologismo que analisava o va,or o conhecimento pelas sensações. Com a fenomenologia Husserls descobre que reduzir todo o conhecimento à experiência sensorial, como fizera o empirismo, seria totalmente inviável.
Aplicando tal metodo Husserl refuta a doutrina gnosiológica do empirismo imanentista. A proposta fenomenológica é a transfomação da filosofia em umja ciência rigorosa.

Husserl e o Psicologismo

Creio pertinente discutirmos um pouco mais a questão da crítica husserliana ao psicologismo, apesar de que estamos frente a uma problemática muito complexa, pois a filosofia de Husserl exige muitaaas leituras e horas de dedicação para superarmos as dificuldades de compreenção.

A critica ao psicologismo rendeu a Husserl, ao meu ver, uma grande base teorica para a sustentação da fenomenologia. A psicologia, vista como ciência empirica do conhecimento é uma oposição à ciência normativa, como por exemplo a lógica. Essa diferênça entre ciência empírica e ciência normativa está no fato de que para Husserl não há como atingir a universalidade da verdade sem a lógica.
Pelo que pude entender das leituras que tenho feito de Husserl, é que as leis da lógica dão sustenteção para as demais ciências, ou seja, não há como fundamentar a lógica na psicologia como ciência empírica sem se ater às leis da lógica. Sem a lógica seria impossível atingir a universalidade da verdade, segundo me parece. Husserl acreditava que o psicologismo não consegue responder como o sujeito alcança com certeza e evidência o que lhe é exterior.
Já ao naturalismo, tendência-se a afirmar que tudo é natural, nega-se a dualidade entre subjetividade e objetividade e afirma que a única realidade é a natureza.

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