A cosmologia platônica diante do problema gnosiológico
0 comentários Postado por escritos filosóficos às 09:34Boa tarde caros mentes pensantes!
Os pré-socráticos problematizaram a questão do conhecimento sinsível, ou seja, o conhecimento pela física, pelo real concreto.
Não obstante, os físicos da natureza levantaram o problema da possibilidade de conhecimento. Como é possível conhecer o quer está em constante mudança? Heráclito análisa a questão pelo movimento, o Ser está em constante mudança assim com em Parmenides que afirma a imutabilidade do Ser.
Não vamos nos aprofundar em tais teorias, pois ficará para uma outra ocasião. Vamos ver como Platão vê a questão do conhecimento tendo como fundamentação a superação do pensamento de Heráclito e Parmênides
Para entendermos o problema levantado por Platão de como podemos conhecer o que está em constante mudança, devemos primeiro compreender a teoria da distinção do mundo das idéias, ou, do mundo sensível e mundo inteligível.
Para Platão o mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo inteligível, com isso o mundo sensível carece de conhecimento, ou seja, não há, para Platão, a possibilidade de conhecimento nesse mundo.
Podemos observar que Heráclito concebe o mundo como um constante fluxo, o mundo está em constante mudança. Contudo, em Parmênides vemos que diante de tantas mudanças e transformações há a necessidade da existência de algo que permaneça sendo o que é, que não muda, que é o que é, ou seja o Ser.
A teoria das idéias de Platão da uma ampla aproximação de tais teorias. Vejamos melhor:
O mundo sensível, sendo mundo fenomênico, é uma mundo de constantes mudanças, transformações e acidentes qualitativos. O problema levantado por Platão seria como conhecer algo que está em constante mudança? Como chegar ao conhecimento verdadeiro e exato no devir? Sabemos que o mundo sensível tem seus predicados como por exemplo as qualidades e acidentes. Podemos conhecer um quadro e esse mesmo quadro pode receber outras qualidades e acidentes que mudariam a idéia de quadro.
Um quadro no mundo sensível é uma cópia imperfeita do quadro do mundo das idéias. A questão aqui discutida está na essência das coisas. Portanto, Platão condiciona todo e qualquer conhecimento para o mundo das idéias, pois as qualidades que formam e afetam os objetos do mundo sensível podem variar. Se as qualidades do ser são alteradas ela deixa de ser o que é, ou seja, se a essência do quadro é alterada a idéia de quadro muda, não no mundo das idéias, mas no mundo sensível.
Não obstante, tal teoria, como podemos perceber, consiste na ‘’ junção", ou" fundamentação" de alguns pressupostos da teoria de Heráclito e de Parmênides, isto é, no mundo sensível não há a possibilidade de conhecimento, pois as qualidades variam, está em constante fluxo. Porém no mundo das idéias onde se encontra o verdadeiro conhecimento, a validade da verdade de conhecimento é possível pois não a possibilidade de mudanças.
Awe galera do blog
Em breve farei novas atualizações dos canais de tv a cabo,
Aguardem!
O paradigma mitológico do desenvolvimento social
0 comentários Postado por escritos filosóficos às 10:07Olá pessoal!
Vamos refletir um pouco sobre dois grandes eventos que ocorrerá no Brasil.
O primeiro será a Copa do Mundo em 2014. O outro as Olimpíadas dois anos depois em 2016.
Ótimo! O Brasil conseguiu mais uma vitória conseguindo a sede dos dois eventos, mas será que realmente o Brasil tem condições de sediar os dois eventos citados? Hoje, devido a alguns fatores políticos e sociais o Brasil enfrenta grandes problemas por se constituir um país de Terceiro Mundo.
A situação de subdesenvolvimento não é estranha a nós brasileiros. Mesmo sendo um país industrializado, o Brasil apresenta grandes diferenças regionais, desigualdades sociais e enorme dependência do capital estrangeiro. Apesar da grande diversidade existente temos um péssimo indicador socioeconômico.
Contudo as autoridades afirmam categoricamente as condições econômicas para sediar os eventos.
Dinheiro para isso, garantem as autoridades, existe. "Entre as dez maiores economias do mundo, só o Brasil nunca organizou os Jogos Olímpicos", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Vamos analisar melhor nossa situação econômica.
A educação brasileira está estigmatizada, abandonada e marginalizada por alguns políticos incompetentes de nosso país. Contudo não nos é oferecido uma educação de qualidade, capaz de formar o aluno para atuar na sociedade. Se o país não tem competência para investir nem na educação de seu país, como terá condições de sediar uma copa do mundo e quanto mais uma olimpíada?
Não seria melhor, ou mais viável, investir esses quase R$ 25,9 bilhões na educação?
Ou ainda melhorar a saúde pública que se tornou precária? Pois bem, se hoje o IDH do Brasil está ruim, após as Olimpíadas estará pior, pois se investirá muito nos projetos esportivos enquanto que a sociedade ficará marginalizada e excluída.
Penso que nosso presidente não deveria lutar e chorar pelas olimpíadas, mas sim lutar e chorar por aqueles alunos que viajam 4 horas em um caminhão de boi para assistir aulas em uma cadeia desativada existente no nordeste brasileiro, deveria lutar e chorar também pelas vítimas da fome e do desemprego que persegue no interior do Brasil.
Se nosso país possui tantos recursos econômicos para sediar a copa e as olimpíadas porque nossa sociedade ainda vive o problema da má qualidade de ensino e uma péssima saúde pública? Sem falar na questão da violência onde as facções criminosas estão mais equipadas do que a polícia.
Não seria conseqüência de um governo neoliberal que assume uma postura governamental externa, onde a política utilitarista predomina? Nossa política não é uma política interna, nacionalista, mas sim uma política externa onde quem governa é a elite dominante impedindo assim o Brasil de evoluir socialmente.
Devemos ser críticos em relação a tais questões, pois a sociedade brasileira vem sendo esquecida, marginalizada e abandonada por boa parte do poder que nós colocamos para mudar a situação de classe dominada.
Profº Cleyton
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Evidentemente, os gregos tinham a educação como um ideal: buscar no homem livre o seu pleno desenvolvimento e uma ativa participação na vida da polis, uma educação voltada para a política.
Com Sócrates a educação começa a ser pensada como formadora do espírito. Sócrates impôs e inovou a forma de educar, uma nova forma de pensar a educação.
Ao contrario de Atenas, Roma não tinha a preocupação com a forma física e intelectual do homem ocioso ocupado a pensar e governar. Era uma educação voltada ao trabalho pelo trabalho. Mesmo quando Roma inventa o estado os pais continuam educando seus filhos.
Na república encontramos em Platão uma primeira tentativa de filosofia sobre o que é educação. Platão contraria as pretensões educativas de Homero. Os fundamentos políticos de Platão se encontram a partir do livro VII em A República, onde se pergunta se a formação que a sociedade recebe pode formar cidadãos para futuro e ele descobre que não. Para ele a ética é que funda o estado. Platão se pergunta se há a possibilidade de se educar pela poesia, ele diz que não. A poesia que educa nos leva a epsteme, a educação, a uma ação pratica que nos leva a um estado perfeito? Ou é a filosofia?
A educação grega era fundada nas obras de Homero, através de suas histórias, Platão critica essa educação. A questão é qual a relação entre filosofia e poesia, será que a poesia (no sentido grego) sobrevive diante da filosofia? Essa era a crítica de Platão a educação da época. Sabemos que Homero era visto como aquele que educa todo o povo grego.
Na realidade Platão se pergunta quem e o que pode educar para a polis. Quando Platão fala se a poesia era capaz de educar ele esta se referindo a Homero, se Homero era capaz de educar. Na republica Platão faz uma critica a “filosofia da educação de Homero” onde postula a impossibilidade de Homero educar o ser humano, segundo Platão, não se educa pela sensibilidade (poesia), mas sim pelo mundo das idéias, ou, pela filosofia, pois ela, através da dialética é que da a condição para chegar ao conhecimento.
Segundo Platão, somente a filosofia pode educar, a poesia está destinada aos encantos, à simpatia, aos sentidos. Educa aquele que atinge diretamente as idéias, o filósofo. Agir pela simpatia é agir pelas sensações primeiras.
Profº Cleyton
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Olá pessoal!
Sejam bem vindos ao Escritos Filosóficos!
Este blog é exclusivamente para discussões filosóficas onde colocarei alguns questionamentos filosóficos. Todos os comentários serão bem vindos desde que sejam em relação à filosofia.
Pretendemos, através dos debates filosóficos, condicionar à pessoa um pensamento crítico em relação à nossa sociedade massificada pelas variedades de "produtos" que nos é apresentado nos impedindo muitas das vezes de atingimos um nível crítico.
Um ótimo proveito do blog!
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